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10 de janeiro de 2025

Aumento do sorotipo 3 da dengue preocupa autoridades sanitárias

09/01/2025 16:10

O sorotipo 3 da dengue registrou um aumento significativo no Brasil, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. O crescimento ocorreu nas últimas quatro semanas de dezembro e tem gerado preocupação nas autoridades sanitárias, uma vez que o vírus não circulava de forma predominante no país desde 2008. A circulação do sorotipo 3, que atinge uma grande parte da população suscetível, eleva o risco de infecção. 

Dados do Ministério da Saúde revelam que, ao longo de 2024, o sorotipo 1 foi o mais comum, registrado em 73,4% das amostras positivas para dengue. No entanto, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, alertou para a mudança significativa com a volta do sorotipo 3, que não circulava em maior quantidade há 17 anos. Isso aumenta o risco de uma maior disseminação da doença entre as pessoas que nunca foram expostas a esse sorotipo. 

Projeções para 2025 indicam que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná devem concentrar a maior parte dos casos de dengue, com incidência superior à de 2024. A expectativa é que fatores como o efeito do El Niño, com altas temperaturas e extremos climáticos, e a seca, que leva as pessoas a armazenarem água em locais inadequados, contribuam para a proliferação de mosquitos e o aumento da dengue. 

Além disso, a secretária ressaltou que o aumento do sorotipo 3 não foi considerado nas modelagens de previsão de casos, o que torna o cenário ainda mais imprevisível. Nas últimas semanas de 2024, 84% dos casos de dengue foram registrados em São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Santa Catarina. 

Em relação ao Zika, 82% dos casos prováveis se concentraram no Espírito Santo, Tocantins e Acre nas últimas quatro semanas de 2024. Já a Chikungunya, que também tem afetado o Brasil, registrou 3.563 casos prováveis no final de dezembro, com 76,3% dos casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. 

A febre do Oropouche, que também está em ascensão, teve uma alta concentração de casos no Espírito Santo, com notificações significativas nos estados do Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. Até o início de 2024, 471 casos foram identificados, e já na primeira semana de 2025, o número de casos registrados foi de 98. O monitoramento dessas doenças segue sendo intensificado pelas autoridades de saúde. 

Fonte: Agência Brasil

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